Infâncias
A Pommar oferece às crianças suporte adequado, por meio de equipe especializada que compreende e respeita todas as fases da infância.
Ao entender a criança como sujeito histórico e de direito, vemos em sua existência uma “pessoa completa” – conceito desenvolvido por Henri Wallon e um dos pilares da nossa abordagem. Compreendemos que pais, a família, educadores e profissionais envolvidos no cuidado infantil, juntos, desempenham papéis fundamentais, complementares e ativos para o fornecimento de boas oportunidades de desenvolvimento.
A criança não é um “vir a ser”, ela a cada etapa de seu desenvolvimento é completa, seja em suas vontades, em suas possibilidades, seus pensamentos e tantos outros aspectos.
Estruturamos nossa abordagem a partir das contribuições teóricas de Wallon e Vigotsky, embora com diferentes estudos e apontamentos ambos enxergaram a criança como uma potência e o meio como um elemento fundamental para seu desenvolvimento. Importante entender meio como ambiência física e emocional e que por intermédio das interações com esse ambiente rico, respeitoso e afetivo a criança amplia suas possibilidades de aprendizagem e desenvolvimento.
Valorizamos a criação dessa ambiência e investimos em uma abordagem que respeita a interação entre as crianças de diferentes idades, ao mesmo tempo que reconhecemos a particularidade e necessidade de cada fase. Compreendemos que o desenvolvimento infantil passa por etapas muito particulares e que cada criança, no seu ritmo, com as oportunidades adequadas e com uma aprendizagem humanizada pode chegar muito além.
Vamos (re)conhecer algumas fases da infância?
4 a 6 anos
Nosso pequenos curiosos.
O período dos 0 aos 6 anos é composto por descobertas e desenvolvimento acelerado.
Durante esses primeiros anos, o cérebro das crianças se desenvolve rapidamente, estabelecendo as bases para habilidades futuras. É um período muito importante e sensível para o desenvolvimento cognitivo, motor, linguístico e socioemocional. Investir nessa fase, por meio boas interações, cuidados afetivos e educação de qualidade, é fundamental para o desenvolvimento pleno das crianças com estimulação criativa. Os adultos desempenham um papel importante como provedores de cuidados e experiências, respeitando o desejo das crianças pelo conhecimento e mediando situações com responsabilidade.




7 a 9 anos
As cores mudam de tom, mas o arco íris não se apaga.
As aprendizagens dentro e fora da escola e a socialização. Esta etapa da infância é marcada pelo ingresso no ensino fundamental e pelo aprofundamento do aprendizado dentro dos sistemas educacionais. As crianças desenvolvem habilidades acadêmicas, cognitivas e sociais cada vez mais complexas. É nessa fase que elas constroem amizades, aprendem a interagir em grupos e começam a desenvolver uma identidade social. O apoio da família, dos educadores e outros adultos que compartilham da educação da criança é essencial para estimular o aprendizado, promover a autonomia e auxiliar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Adultos desempenham um papel importante ao prever, compartilhar e explorar junto com as crianças, a promoção da liberdade de escolhas e permitindo que experiências se transformem em aprendizados.
Acolher ideias, debater pontos de vista e vivenciar regras são elementos essenciais nessa transição da segunda infância. Boas experiências e diversidade de oportunidades contribuem para o autoconhecimento e a construção de vínculos sólidos baseados em respeito, empatia, tolerância e solidariedade.
10 a 12 anos
E não é que o mundo é novo de novo?
Esses “anos finais” da infância são marcados pela transição para a adolescência. Nessa fase, as crianças enfrentam mudanças físicas, emocionais e cognitivas significativas. É um momento de construção de identidade, de busca por independência e tomada de decisões importantes. Acompanhar de perto e apoiar os futuros adolescentes nessa fase é fundamental para ajudá-los a desenvolver habilidades de autogestão, responsabilidade e planejamento para o futuro.
Agora, é importante oferecer um espaço físico e imaterial onde as crianças possam explorar seu protagonismo, enquanto os adultos oferecem apoio e orientação. É uma fase de intensa complexidade, que requer habilidades adicionais para canalizar a energia criativa e a resiliência familiar. Tomar decisões apenas entre adultos se torna difícil: é essencial incluir as crianças no processo de construção do cotidiano das ações em família, na escola e nos demais espaços de convivência, oportunizando condições para o compartilhamento de momentos, descobertas e aprofundando das experiências.

